A comicidade musical de Chiquinha Gonzaga e a ressonância com os palhaços cantores no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.46661/ccselap-14294Palavras-chave:
Maxixe, comicidade musical, circo-teatro, palhaços cantores, cultura popular urbanaResumo
O presente estudo teve por objetivo tratar das possíveis relações entre a obra musical de Chiquinha Gonzaga e a musicalidade explorada por palhaços musicais. É sabido que no fim do século XIX e início do século XX, o Brasil vivia um contexto de multiplicidades evidentes e processos políticos emancipatórios o abolicionismo e a Proclamação da República, por exemplo. Apesar das expectativas hegemônicas do quadro político brasileiro, a contracena dos movimentos marginais evidenciava os artistas populares, os palhaços, e os poetas de calçada. Nesse contexto, Chiquinha Gonzaga desponta como uma das vozes mais representativas da arte nacional. Como viés metodológico, procedeu-se o cruzamento de dados documentais existentes na biografia de Chiquinha Gonzaga e em livros de pesquisadores das temáticas palhaçaria e circo brasileiro. Concluiu-se que a contribuição de Chiquinha Gonzaga, como mulher maxixeira, refletiu em uma comicidade musical fixada e amplamente divulgada pelos palhaços cantores nos circos, no circo- teatro e na crescente indústria fonográfica brasileira.
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