Comportamento e adaptação numa instituição total
Paredes de água, a vida numa prisão mexicana sem grades
DOI:
https://doi.org/10.46661/respublica.11429Palavras-chave:
Estratégias de sobrevivência, Prisão, Subcultura prisional, Territorialidade, ViolênciaResumo
Neste artigo, tentaremos reconhecer as principais necessidades dos reclusos e as estratégias de sobrevivência que utilizam durante a sua estadia nesta prisão. O corpus da investigação foi constituído por 30 entrevistas abertas semi-dirigidas (cerca de 45 horas gravadas). O trabalho de campo durou 11 meses, 5 dos quais num campo de castigo em isolamento e em conjunto com os reclusos. As principais necessidades eram a aquisição de recursos e a segurança. A colonização foi a prática adaptativa mais frequente. Estas interações ocorrem no quadro da Subcultura Prisional. Enquanto não se resolverem as situações geradoras de conflito: inibição -> frustração -> agressão e violência; fomentar a divisão entre os reclusos; falta de alimentação suficiente; falta de fontes de emprego; e criar alternativas congruentes com o Saber Passar o Tempo que conduz à estratégia de Colonização; manter-se-ão as condições geradoras de violência. O estudo etnológico desta colónia penal não tinha sido realizado anteriormente e os resultados baseiam-se principalmente no trabalho de campo realizado. Valor. Foram utilizados diagramas de fluxo para relacionar as diferentes estratégias de sobrevivência observadas. Estes resultados podem ser aplicáveis a outras prisões. As estratégias de sobrevivência dos reclusos tendem para a colonização como a forma mais comum de comportamento, uma vez que esta estratégia é congruente com a segurança e a aquisição de recursos, através de relações descontraídas entre reclusos e entre reclusos e pessoal.
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